sexta-feira, 16 de março de 2012

6 de junho de 2022, madrugada¹

Tinha o hábito de andar com a máquina a tiracolo para registrar o que passava pela frente, como escritor tomando nota, um historiador desmemoriado que quisesse deixar um testemunho ou um cientista fazendo um inventário do mundo. Fotografar é ver com olho treinado; recortar e guardar o que se vê. Ao disparar a máquina, as fotos ficaram gravadas na mente, como espelhos do que fui. São instantes eternos, empalhados num museu íntimo. 







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JOÃO ALMINO.O livro das emoções.Rio de Janeiro:Record, 2008. 

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